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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Frivolidade x foco

Continuo nessa fase de conectar a busca pelo minimalismo a outros conceitos importantes. Hoje ficou bem clara pra mim a relação entre simplicidade, frivolidade, foco, sucesso e sexismo.

Para as crianças mais espertas que já conseguem "ligar os pontinhos", seguem dois artigos:

Sacou? Sexismo, simplicidade, sucesso. Simples, não? Tão simples como usar uniforme.

Só que, mesmo sabendo que você já entendeu tudo, não vou perder a oportunidade de discorrer sobre o assunto.

Se lembra da cena clássica de produções de época em que as mulheres são "gentilmente" expulsas para a cozinha ou para o quarto para que os homens fiquem na sala ou na biblioteca conversando sobre negócios e outros assuntos que podem decidir o rumo da família, de uma grande empresa, da cidade ou até mesmo de um país?

Hoje em dia não nos mandam mais para a cozinha, mas para o shopping, para o salão de beleza, para a clínica de estética. Nada contra esses lugares, até gosto de frequentá-los de vez em quando e acredito que os homens também (de vez em quando), com a diferença de que ninguém os expulsou para esses lugares dizendo que precisam disso para provar sua orientação sexual, como fazem conosco.

É verdade que a maioria das mulheres que conheço aceitou essa expulsão com sorriso nos lábios e a transformou em estilo de vida. Acredito que elas aproveitam essa expectativa - de que as mulheres devem se dedicar a atividades frívolas - para não assumir grandes responsabilidades. Menos estresse, mais SPA. Menos compromisso, mais shopping. Tudo bem. O importante é ser feliz. Espertas elas. Quero ser assim um dia.

Mas este post é para as outras mulheres: as que não se sentem bem gastando a maior parte do tempo com decisões triviais ou simplesmente fúteis, no máximo meia hora por semana.

A dica, como sempre, é simplificar. Quanto menos decisões bobas precisamos tomar diariamente (o que vestir, o que calçar, qual brinco usar), mais tempo, dinheiro e mente podemos dedicar ao que realmente nos traz satisfação e sentimento de realização. Foco no que realmente importa pra você, seja amizade, família, estudo, trabalho, você é quem sabe.

Este texto não é um tutorial ensinando o que fazer ou como fazer, é apenas um convite à reflexão. Mas vou aproveitar para citar alguns hábitos anti-frivolidade que passei a praticar nos últimos anos. Talvez ajude você a identificar o que está sobrando em sua vida.

  • Passei a escolher melhor as cores ao comprar e assim perco menos tempo ao escolher o que usar.
  • Quando possível, tenho só um item de cada "espécie", digamos assim.
  • Limitei as compras supérfluas e estou perto de zerá-las.
  • Descobri que as camisetas e blusas para uso diário que mais me agradam (corte, cor, tecido) são vendidas na Decathlon, por isso nem perco mais tempo procurando em outras lojas.
  • Parei de ler sobre cosméticos diariamente. Qual é a real utilidade de saber sobre a última base facial lançada se ainda não usei nem um terço da base que foi lançada no mês passado? Quando eu quero informação sobre algum produto específico, busco resenhas sobre ele, sem drama, sem estresse.
  • Pelo mesmo motivo supracitado, parei de revender cosméticos.
  • Parei de ler sobre perfumes e também de experimentar os lançamentos depois que percebi que já tenho meus favoritos e eles me satisfazem.
  • Evito usar esmalte colorido. Primeiro porque enjoo bem rápido da maioria das cores (questão de horas), em segundo lugar porque começa a descascar (questão de minutos) e já fica tudo horroroso.

    Me sinto ótima sem esmalte, fui geneticamente privilegiada com unhas de cor e formato bonito, mas de vez em quando pinto com base transparente ou tom neutro, sendo que uso um frasco de esmalte até o fim antes de começar outro. Me sinto ainda mais feliz depois que parei de me preocupar com esse assunto estúpido (pra mim) que algumas mulheres transformaram em uma espécie de filosofia: escolher a cor das unhas. :P

Esclarecendo mais uma vez que respeito as mulheres que são felizes tomando decisões frívolas, só peço que respeitem o direito daquelas que encontraram felicidade em não ter que fazer esse tipo de escolha diariamente.

Boa reflexão!



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