sexta-feira, 24 de junho de 2016

🎬 Meus 13 filmes favoritos de ficção e fantasia científica

Esta lista contém meus filmes de ficção científica e de fantasia científica favoritos. Quase todos são dramas. Alguns também são distopias.

Para nossa alegria, 10 desses filmes estão na Netflix.

Coloquei em ordem de ano de lançamento. No fim da descrição, coloquei também o nome original, a classificação e a duração.

1. De Volta para o Futuro (1985; 1989; 1990)

Ano passado eu fiz maratona dessa trilogia e fiquei encantada: como um filme que tem a minha idade pode continuar tão engraçado e interessante? E é legal notar que várias invenções futuristas dos filmes se concretizaram, como os hologramas, as conversas por vídeo e até o skate voador. Toda uma geração de cientistas que se inspirou no filme para tornar aquele sonho real.

Sem dúvida, uma das melhores comédias de ficção científica de todos os tempos. Uma trilogia clássica. Uma obra-prima. Clap, clap, clap.

Back to the Future. Classificação livre. Duração: 01h56, 01h48 e 01h58. Os três estão na Netflix.

4. Feliz Coincidência (2000)

Mais um filme sobre viagem no tempo. Esse eu assisti só por causa do Vincent D'Onofrio e acabei gostando bastante da história. É uma comédia romântica desconstruída porque o humor é obscuro, espinhoso. O personagem dele é o Sam, um extraterrestre que veio do futuro (2470) e inicia uma relação complicada e misteriosa com a Ruby, personagem da Marisa Tomei. Apesar de ser estadunidense, recomendo para quem gosta de filmes europeus porque a beleza do filme está nos diálogos.

E por falar nos diálogos, se você entende de física e astrofísica, provavelmente os entenderá melhor do que eu entendi.

Happy Accidents. 01h50min. Não está na Netflix.

5. Vanilla Sky (2001)

Esse nem precisa de sinopse porque você já deve ter visto pelo menos uma vez. Esse drama com suspense é um dos filmes mais lindos que já vi. Revi dezenas de vezes e sempre que assisto noto um novo detalhe, uma nova informação que eu não tinha percebido antes.

Sempre me emociono com a história.

Sempre sofro junto quando o David (Tom Cruise) se vê com o rosto deformado.

Sempre fico de boca aberta nas cenas com a Penélope Cruz, que são as mais caprichadas.

Sempre fico fascinada com o final, com aquela possibilidade interessante.

Quando o filme termina, fico com vontade de lamber o cérebro do Cameron Crowe, roteirista e diretor.

Vanilla Sky. 14 anos. 2h15min. Tem na Netflix.

6. Equilibrium (2002)

Este é um drama com algumas cenas de ação explicitamente inspiradas em Matrix (1999).

Depois da terceira guerra mundial, chegaram à conclusão de que todos os desequilíbrios e males da humanidade têm uma única fonte: feelings. Em português, precisamos de pelo menos três palavras para englobar tudo: sensações, emoções e sentimentos.

Só que para abolir o que causa discórdia, como raiva e inveja, a humanidade precisa abrir mão também de sensações boas como encantamento, compaixão, amor e felicidade. Para isso, toda as formas de arte, beleza, expressão de individualidade e vaidade foram abolidas. Uma droga obrigatória tomada diariamente completa o trabalho de bloquear as emoções.

Em Equilibrium, há uma explícita crítica, em tom de deboche, a sistemas totalitários como o fascismo e o nazismo.

Esse é um bom filme para relembrar o que realmente importa, o que realmente dá sentido à vida.

Equilibrium. 16 anos. 01h47min. Tem na Netflix.

7. Efeito Borboleta (2004)

A dramática história do jovem Evan, que tem a capacidade de voltar no tempo para criar realidades alternativas, fascinou muita gente da minha geração. Já assisti esse filme dezenas de vezes, sempre me emociono, sempre fico angustiada, sempre noto detalhes e informações que eu não tinha notado ainda.

Eu adoro a forma como Efeito Borboleta me deixa atordoada, mas de um jeito bom que desperta minha criatividade e me dá a esperança de que, se eu não tomar decisões tão estúpidas quanto o Evan (Ashton Kutcher), tudo vai dar certo.

The Butterfly Effect. 01h47min. Não está na Netflix.

Mesmo já sabendo que eram ruins, eu cheguei a assistir Efeito Borboleta 2 e Efeito Borboleta 3: Revelação, mas recomendo que não perca seu tempo com eles. Não são continuações, são só outras histórias de outros personagens com a mesma capacidade de voltar no tempo para tentar corrigir o passado.

Se ainda não tiver assistido o primeiro filme (o único que é realmente bom) e tiver muito, muito, muuuuuuito tempo livre, recomendo a ordem 2, 3, 1, do pior para o melhor. O único que está na Netflix é o terceiro.

8. A Origem (2010)

Esse filme fantástico mostra a elaborada ação de ladrões que conseguem entrar nos sonhos das pessoas. Muita ação, muita informação, um sonho dentro de outro sonho dentro de outro sonho dentro de outro sonho. É o tipo de filme que a maioria só consegue entender depois que assiste pela segunda vez.

Por causa do grande sucesso, foi nesse filme que muita gente notou que Leonardo di Caprio realmente é um ator.

Inception. 02h28min. Não está no Netflix.

9. Sem Limites (2011)

Esse drama é sobre foco, produtividade, motivação, ganância e drogas. Tudo começa quando Eddie (Bradley Cooper), um escritor pobre, desorganizado, mal amado, deprimido e sem inspiração, descobre uma pílula que promete ajudar em seu trabalho. Ele experimenta e finalmente consegue finalizar o livro, fica bem humorado, ganha dinheiro, organiza a vida, conquista mulheres, mas descobre que agora seu cérebro é capaz de muito mais do que ele sempre sonhou.

Eu coloquei esse filme como ficção científica porque a droga que o Eddie toma é fictícia: é ilegal, tem um resultado milagroso e exagerado e não tem efeitos colaterais, exceto em abstinência.

Mas a gente sabe que já existem várias drogas lícitas estimulantes que aumentam a concentração, a cognição (inteligência) e melhoram o humor como metilfenidato, cloridrato de donepezila e modafinil. Na maioria dos aspectos, Sem Limites é um filme mais realista do que fantasioso.

Tomando café com leite consigo um efeito muito parecido com os dessas drogas, só que ainda não consegui ficar rica. Preciso de um pílula que me deixe gananciosa para eu conseguir ficar rica, que nem no filme. Conhece alguma?

Limitless. 14 anos. 01h40min. Tem na Netflix.

10. O Preço do Amanhã (2011)

Nesse filme de drama e ação, clichês que geralmente relativizamos como "tempo é dinheiro", "tempo é vida", "o tempo é o bem mais precioso que você tem", "não dá para recuperar o tempo perdido" se tornam verdades absolutas.

Em uma sociedade ainda mais cruel e desigual do que a nossa, as pessoas nascem equipadas com um cronômetro digital que mostra quanto tempo de vida cada uma ainda tem. Não há dinheiro, pelo menos não na forma como nós conhecemos. Tudo é pago com tempo de vida. Com 25 anos, as pessoas param de envelhecer, mas aí só têm mais um ano de vida e o relógio começa a correr. É preciso trabalhar ou lutar para conseguir viver mais. Os desonestos conseguem tempo roubando. Já Will Salas (Justin Timberlake) tenta a sorte apostando em um casino.

A premissa do filme é muito boa e a primeira parte da história nos leva a uma reflexão sobre como desperdiçamos nosso tempo. Será que usaríamos nosso tempo melhor se tivéssemos um cronômetro no braço dizendo quando vamos morrer?

Mas a segunda parte do filme, quando termina o drama e começa a ação, eu acho cansativa, excessivamente autoexplicativa e sem um final interessante que faça valer a pena assistir até o fim. Mas a primeira parte eu recomendo.

In Time. 12 anos. 01h49min. Tem na Netflix.

11. Looper: Assassinos do Futuro (2012)

É um filme de ação sobre viagem no tempo em que pistoleiros são pagos para matar pessoas do futuro. Quando a organização criminosa quer eliminar uma pessoa, a vítima é enviada para uma viagem ao passado, de 2074 para 2044. Assim o pistoleiro mata sem deixar corpo ou qualquer outra evidência no ano de desaparecimento da pessoa.

Até aí, parece que descobriram o crime perfeito. A confusão começa quando a história trata de uma das implicações mais discutidas das viagens do tempo: o que acontece se sua versão do futuro voltar no tempo e for assassinada no passado?

Um outro tema de ficção científica que é tratado no filme, mas com menor destaque, é a telecinésia, capacidade de mover objetos e até provocar alterações climáticas com o poder da mente.

É um filme que dá nó na mente, mas ao mesmo tempo tem muita cena de ação, o que acaba, infelizmente, distraindo o raciocínio.

Looper. 16 anos. 01h59min. Tem na Netflix.

12. O Doador de Memórias (2014)

Assim como Equilibrium e Sem Limites, no filme O Doador de Memórias também temos uma droga especial.

Aqui novamente temos um regime totalitário, só que desta vez todo mundo parece feliz e satisfeito. Mas logo descobrimos que todos esses sorrisos são artificiais, apenas efeito de uma substância obrigatória que impede os cidadãos de terem opiniões, sonhos, emoções e até de enxergar as cores.

Assim como em Equilibrium, na sociedade de O Doador de Memórias as pessoas não têm acesso a livros nem outras obras de arte, o que as torna ignorantes sobre a história da humanidade e sobre a existência de outras culturas.

É um filme que faz a gente se reapaixonar pela diversidade humana. Dá vontade de sair viajando pelo mundo para conhecer outros povos, dançar novas músicas, sentir outros cheiros, enxergar novas cores.

The Giver. 12 anos. 01h37min. Tem na Netflix.

13. Natal - Black Mirror (2014)

Nesse interessantíssimo episódio da série Black Mirror, várias tecnologias futuristas são apresentadas, tais como:

  • a possibilidade de bloquear pessoas na vida real, tal como já fazemos nas redes sociais;
  • a possibilidade de entrar no subconsciente de alguém e ir com essa pessoa para um lugar imaginário que parece ser real, tal como um sonho. Isso me lembrou um pouco o filme A Origem;
  • a possibilidade de sintetizar todas as características de uma pessoa e transformar essa cópia em um escravo que cabe dentro de um dispositivo que parece um ovo de pata.

Apesar de serem diferentes tecnologias, no filme todas elas são usadas com propósito parecido: controlar, torturar ou subjugar outra pessoa.

É um filme que nos faz refletir sobre a forma como já usamos as tecnologias do presente para levar sofrimento às pessoas. Ao sentir empatia pelos personagens que são subjugados, podemos sentir inspiração para sermos mais gentis e gratos.

Black Mirror | White Christmas. 16 anos. 01h13min. Tem na Netflix.

Aceito mais dicas de filmes assim! Já assistiu algum filme brasileiro de ficção científica?

Até mais!

Este post foi escrito sob efeito de café com leite.

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