quarta-feira, 23 de maio de 2007

Vontade de virar estrelinha

Muito ruim!!! Muito ruim mesmo!!! Gripe é muito ruim!!! Principalmente aqui em Brasília, longe dos meus pais. Pelo menos quando fico doente sinto falta deles. Pelo menos para isso serviu, para eu sentir falta dos meus pais. Ontem de manhã eu tava tão mal que até disse pra minha tia que queria morrer. Ela me repreendeu com aquele discurso "catolicamente correto" de sempre. A tarde foi mais tranqüila porque tinha a Maria Eduarda (minha "prima-sobrinha" de 2 anos e 2 meses) para me fazer sorrir.

Obs.: Vontade de virar estrelinha é vontade de morrer, lembrando a tradição indígena que acredita que as estrelas são antepassados que já cumpriram seu papel na terra.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Demissão em massa de 28 jornalistas em Goiânia

Não sou repórter e nas tentativas de exercer essa função não demonstrei vocação nem prazer pela coisa, mas como jornalista goiana (entenda que nem todo jornalista é repórter) tenho que registrar o que ocorreu na última sexta-feira (11/05/2007) em Goiânia. Eu não estava lá nem conversei com nenhum dos 28 colegas demitidos (grande parte deles dividiu a sala de aula comigo), por isso vou colocar aqui um manifesto que foi divulgado no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás:

Jornalistas também têm direito à liberdade de expressão

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás (SJPG) vêm a público protestar contra a demissão arbitrária de 28 jornalistas do jornal Diário da Manhã, de Goiânia, ocorrida na tarde de sexta-feira, dia 11/05. Protestamos também contra o constrangimento público e o assédio moral aos quais os profissionais foram submetidos.

Os jornalistas foram demitidos por terem exercido o direito de se expressarem livremente, previsto na Constituição brasileira e falsamente defendido pela maioria dos empresários da comunicação. Pacificamente, sem usar palavras, vestiram-se de preto para expressar seu descontentamente com o atraso no pagamento de seus salários. Autoritariamente, o senhor Batista Custódio, dono das empresas Unigraf e Centro-Oeste, mantenedoras do Diário da Manhã, mandou que os descontentes fossem demitidos.

Tão descabido quanto as demissões arbitrárias, foi o comportamento do dono do jornal e, infelizmente, de jornalistas ocupantes de cargos superiores, que se prestaram ao triste papel de assediar moralmente os colegas. Muitos jornalistas foram procurados por seus chefes imediatos para que trocassem de roupa e fossem se desculpar junto ao patrão. Era a forma de salvarem seus empregos. Todos foram obrigados a sair da redação imediatamente após o anúncio da demissão em massa.

Os jornalistas que não haviam aderido ao protesto e os que preferiram salvar seus empregos foram obrigados a usar um adesivo confeccionado pela empresa com o significado "Eu amo o DM" (a palavra amo foi substituída no adesivo por um coração). Os jornalistas que ocupam cargos de chefia foram obrigados, ainda, a assumir a responsabilidade pela demissão dos colegas, em nota publicada na primeira página do Diário da Manhã do dia 12.

Causou-nos espanto a reação despropositada e desproporcional da empresa, que reconheceu de público, na referida nota, que o protesto dos jornalistas era compreensível. De fato, ao trabalhador é facultado receber pelo seu trabalho. Os jornalistas do Diário da Manhã não receberam os salários de janeiro e fevereiro. Receberam o salário de março, mas foram informados de que não havia previsão para o pagamento do salário de abril.

Estranhamente, o dono da empresa não admite que seus funcionários sequer fiquem descontentes com os atrasos constantes do pagamento de salários. Age como se o errado fosse o trabalhador e não ele próprio, que deixa de cumprir suas obrigações legais e éticas. Batista Custódio tenta estabelecer uma relação de compadrio com os jornalistas, em vez de preservar a relação de trabalho. É prática constante da empresa pagar seus profissionais parceladamente, por meio de "vales", que não são adiantamentos, mas pagamentos de salários atrasados. Os "vales", concedidos pessoalmente como se fosse um favor, constrangem os jornalistas e obviamente não suprem suas necessidades materiais. Muitos são os que estão sem energia em casa ou sem telefone. Igualmente, são muitos os endividados.

A FENAJ e o SJPG repudiam essa situação constrangedora a qual os jornalistas do Diário da Manhã são submetidos, ao mesmo tempo em que prestam sua total solidariedade ao grupo que corajosamente decidiu lutar por seus direitos e que, por isso, foi covardemente demitido. As medidas legais para garantir os direitos dos jornalistas foram tomadas. Por fim, reiteramos a necessidade de todos jornalistas do Brasil lutarem contra a precarização das relações de trabalho no mundo do jornalismo e pelos direitos dos trabalhadores, incluído o direito à livre expressão.

Que loucura! Eu cheguei a fazer um teste nesse jornal, mas não passei (assim como não passei em nenhum dos testes para repórter que fiz até hoje). O Batista Custódio inventou uma história cabeludérrima para o evento, daria até novela das seis com participação do Paulo Coelho ou até um livro, quem sabe? Se tiver estômago clique aqui para ler.

Repercussão da demissão em massa nos blogs (alguns desses blogs são de jornalistas que estavam entre os 28): alice carlos emílio erika felipe fellipe frederico ludmilla marcio mosteiro paulo ricardo rodrigo thiago tiago.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Vagas para jornalistas na Câmara Municipal de São Paulo

Estou caridosa hoje? Não se engane, eu só estou divulgando vagas para as quais eu não vou concorrer. A Câmara Municipal de São Paulo está com edital pronto para concurso que preencherá várias vagas de nível fundamental, médio e superior. No dia 30 de abril as inscrições estarão abertas e as taxas variam entre R$ 21 e R$ 51,00. Para jornalistas são duas vagas com salário inicial de R$ 5.137,57.

Confira mais detalhes e as outras vagas aqui.

Vaga dos Correios para jornalista em Brasília

Se você já tem 5 (cinco) anos de experiência no exercício legal da profissão de jornalista pode entrar no CR (Cadastro de Reserva) do cargo de Técnico em Comunicação Social Pleno dos Correios cujo salário inicial é R$ 2.890,71. Caso você já tenha 7 (sete) anos de experiência na profissão pode concorrer à vaga de Técnico em Comunicação Social Sênior cujo salário é R$ 4.708,67. Não costumo divulgar vagas de concursos aqui, mas como são raras as vagas para jornalistas e não tenho experiência para concorrer a essas, divulgo e desejo boa sorte a você. As inscrições começam dia 28/05/2007 e a taxa é R$ 45,00.

Clique e veja mais detalhes e as outras vagas.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

domingo, 13 de maio de 2007

Declaração de ódio

Não é necessariamente o que eu odeio sempre, mas o que eu odeio hoje.

Odeio ser e não ser jornalista. Odeio ser e não ser webdesigner. Odeio fazer sites em flash. Odeio ter trabalhado no telemarketing, mas odeio ainda mais ter tido tanto azar nos empregos que não eram telemarketing. Odeio não ter dinheiro para fazer as especializações e outros cursos que desejo. Odeio a mulher que está me devendo dinheiro de produtos Natura. Odeio revender cosméticos. Odeio não ter meu próprio computador para blogar. Odeio não ter máquina fotográfica. Odeio trabalhar oito horas por dia. Odeio trabalhar com pessoas enroladas e/ou indecisas. Odeio estudar para concursos a noite.

Odeio ter morado até os 21 anos com meus pais. Odeio morar com meus tios. Odeio nunca ter morado no litoral. Odeio o clima do Centro-Oeste. Odeio ter mãe alcoólatra. Odeio ter pai pessimista. Odeio ter alergias. Odeio ter epilepsia. Odeio ter narcolepsia. Odeio ter miopia. Odeio ter astigmatismo. Odeio não ter plano de saúde. Odeio ter acne. Odeio ter só 1,55m. Odeio meu cabelo ter enrolado na adolescência (apesar de eu ter desejado ardentemente por isso na infância). Odeio não ter namorado. Odeio não ter me casado. Odeio ser apenas uma ex-criança-superdotada que ainda não deu certo e se tornou uma adulta anti-social. Odeio não ter escrito nenhum livro inteiro ainda.

Odeio salão de beleza só porque ainda não tenho dinheiro para gastar com isso. Odeio ter que gastar dinheiro para ir à igreja (e por isso não fui à missa hoje). Odeio o preço do ônibus em Brasília. Odeio morar longe do ponto de ônibus. Odeio morar muito longe da estação do metropolitano. Odeio a greve do metrô de Brasília. Odeio não morar sozinha. Odeio a pessoa que me motivou a escrever isso.