segunda-feira, 6 de junho de 2016

😕 Desabafos sobre um semestre muito ruim

Foto: www.renatafeldman.com.br

Se este post parece inútil pra você, não leia porque você não é o público-alvo. Este artigo é para aquela pessoa que também está passando por uma fase ruim e pode experimentar as sensações de alívio e compreensão ao saber que não está sozinha. E também para aquela pessoa que tem empatia o bastante para me transmitir alguma mensagem de otimismo e esperança nesse momento difícil.

😭 Que país é esse?

Para começar da pior forma possível, moro no Brasil. Que vergonhoso esse golpe disfarçado de impeachment. Que triste parte da população brasileira ser ignorante o bastante para acreditar que a crise econômica mundial é culpa da Dilma. Que absurdo parte da classe trabalhadora apoiar um golpe financiado por empresários que querem tirar o PT justamente para retirar direitos da classe trabalhadora. Que atrapalhado esse "governo" do amargurado Michel Temer. Que disparate o Eduardo Cunha não estar preso. Brasil surreal!

O que tenho feito para resolver? Fiz, mas já cansei. Gastei muita energia com isso, divulgando nas redes sociais o que realmente está acontecendo no Brasil e no mundo, mas já estou esgotada. De vez em quando curto e compartilho alguma coisa, mas só de vez em quando mesmo já que nem os sites de notícias eu acompanho mais.

😶 Por que ainda estou viva?

Já faz mais de seis meses que eu estou em uma crise existencial terrível, provavelmente a pior que já tive. Diferente da minha sensação com o rumo do país (ao buraco), nesse caso não é tristeza, não é angústia, não é ansiedade, não é indignação, é um vazio. Não faz mais o menor sentido estar viva. Sinto que tudo que eu tinha para viver, já vivi. Sinto que estou fazendo hora extra aqui na Terra e não serei remunerada. Não vejo mais tanta alegria no que costumava me alegrar. Não vejo mais tanta beleza no que costumava me encantar. Parece que estou anestesiada para as sensações boas e só me restaram as ruins.

Podem ficar tranquilos, sou inteligente o bastante para saber que é só uma fase e ainda tenho pais, irmãos, avó, dois gatos. Mas que estou vivendo "arrastada", isso estou. Tudo indica que é uma crise dos 30 somada a um efeito colateral do remédio que tomo para epilepsia. Enquanto não consigo solucionar, vou me arrastando.

O que tenho feito para resolver isso? Música, filmes, séries, jogos on-line e blogs sobre autoconhecimento, organização, minimalismo, foco e produtividade me ajudam a não pensar na insignificância da minha própria vida. Já marquei psiquiatra.

🕵 O que eu vou ser quando crescer?

Eu tenho 30 anos e ainda não sei o que vou ser quando crescer. Não me leve a mal. Não sou mal agradecida. Eu reconheço que evolui bastante até aqui. Cheguei muito mais longe que a maioria achava que eu fosse capaz de chegar e tive a felicidade de escolher uma profissão para a qual realmente tenho vocação.

Mas eu ainda quero ter casa própria, tirar CNH, ter meu próprio carro, conseguir abastecer meu próprio carro, visitar a minha avó com mais frequência, levar minha mãe para onde ela precisar ir, ir aos shows dos meus cantores favoritos sempre que eles vierem a Goiânia… Mas o meu salário atual está muito longe de me propiciar qualquer uma dessas coisas. No momento, não faço ideia de como evoluir financeiramente. Tudo que penso exige algum investimento inicial que não cabe no meu orçamento.

O que tenho feito para resolver isso? Meu 13º vou usar para pagar autoescola. Sei que já faz 14 anos que estou prometendo isso aqui no blog, mas agora vai. Quanto à minha nova carreira, que vai me propiciar coisas maravilhosas como uma casa própria, ainda estou matutando.

😵 Maio: um mês estranho

O semestre inteiro está sendo terrível, mas maio foi um mês bastante desastrado. Tirei férias, é verdade. Viajei, é verdade. Visite familiares queridos, é verdade. Dormi muito, é verdade. Assisti vários filmes e séries, é verdade. Tirei muitas fotos, é verdade. Descansei tudo o que tinha para descansar, é verdade. Mas tudo isso teve preço:

  • na primeira viagem, esqueci meu Kindle dentro do avião. Não consegui recuperar e não vou comprar outro tão cedo porque ainda estou pagando o perdido em suaves prestações;
  • na segunda viagem, perdi o molho com todas as minhas chaves. Sorte que a dona da casa estava em Goiânia e pode vir me socorrer para eu entrar em casa com mala e mochila depois de uma cansativa viagem;
  • a Nina, minha gata de estimação, morreu de uma doença misteriosa no fígado;
  • meu aluguel aumentou para um valor tão alto que já pensei até em cancelar meu plano de saúde. Mas aí eu me lembro que no SUS eu levava 1 ano e meio para conseguir oftalmologista, 2 anos para conseguir neurologista… melhor fazer só uma refeição por dia do que cancelar o plano.

O que tenho feito para resolver isso? A parte de ter perdido a Nina, o Kindle, as chaves eu já superei. Sobre ganhar mais dinheiro para conseguir pagar o aluguel e ainda ter o que comer, mandei alguns currículos, mas incrédula de que consigo manter dois empregos sem ter carro para me deslocar entre eles.

Até mais! E prometo que nos próximos posts teremos mais dicas e menos mimimi.

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