quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Não há minimalismo sem gratidão

Texto publicado originalmente no blog Melhorada Mente.


Quando a gente busca um estilo de vida simples ou minimalista, a gratidão passa a fazer parte da rotina porque a gente só abre mão dos excessos quando reconhece que já tem o que precisa. O prazer de adquirir mais é substituído pelo prazer de já ter o suficiente. O prazer de fazer mais é substituído pela gratidão de fazer melhor nos projetos já iniciados.

Lembrando que minimalismo não é frugalismo nem privação, quando a gente chega à decisão de ser minimalista é porque trabalhar muito para comprar mais coisas já perdeu o sentido. O que queremos agora é usufruir o que já compramos para que sobre mais tempo e dinheiro para experiências artísticas, culturais e, é claro, o nosso verdadeiro propósito.

É por isso que não há minimalista sem gratidão. Como o minimalismo não é sacrifício pessoal, mas sim uma mudança de comportamento que começa no cérebro, primeiro a gente precisa perceber que já tem bastante.

No âmbito do consumo, por exemplo, parei de comprar calçados porque sou grata pelos pares que já tenho. Parei de colecionar relógios porque sou grata pela praticidade de ter apenas um que combina com tudo. Parei de comprar sombras e batons porque sou grata pelo meu estoque que vai durar pelo menos mais duas décadas. Doei livros e apostilas porque sou grata por já tê-los lido e agora poder ajudar outras pessoas.

Mas diminuir as compras e a tralha não é o único benefício do minimalismo, é apenas o mais fácil de explicar e mensurar. Uma vez que passamos a viver no modo intencional, conseguimos nos livrar também de várias outras complicações que tornam nossas vidas menos prazerosas e que nos desviam do nosso propósito.

Em abril deste ano, por exemplo, eu desisti de uma especialização noturna que estava me atrapalhando a dormir e descansar a mente porque sou grata pela oportunidade de trabalhar no Tá Logado? e nos meus blogs. Sem dormir o suficiente, eu não conseguia desempenhar bem meu trabalho como redatora e poderia colocar tudo a perder. Ser grata me levou a tomar a decisão correta de priorizar o que era importante este ano e desistir do que estava me atrapalhando.

Ser grata pela minha família me leva a fugir de discussões e brigas improdutivas com meus familiares.

Ser grata pelo meu cérebro me levou a desistir dos concursos públicos e a me dedicar aos meus blogs, onde realmente sinto que faço diferença nas vidas das pessoas.

Ser grata pelo meu trabalho na TV me leva a ter uma rotina organizada para que eu possa me alimentar e dormir bem e assim realizar um bom trabalho.

Se algo em minha vida não me dá a sensação de gratidão, significa que devo eliminar ou simplesmente passar pra frente. E aí entra o desapego.

Até o próximo texto!

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